Palavras não são o suficiente. O precipitado é demais pra preces. Temor de muito que não foi desvendado no meio de corredores assombrados como bolas de plástico. Fim do começo, começo do fim. Sabia que doía, aonde apertava. Abraço de consolo? Em meio de muitos. E nem de tantos assim. Doí como antes. Doí como se não houvesse chão. Oh não! Lá vem ela de novo...
Já visse isso outras vezes menina. Já viu todos esses pontos e vírgulas, todas essas interrogações e exclamações. Não tenha medo. Medo? Na verdade não há. Há algo mais profundo, bem no fundo de toda bagunça, uma novo ponto de vista, uma novo ombro onde as lágrimas escorreram e não deixaram de escorrer.
Dividiste tuas dores por dois, dividiste todo esse mar de dor, de saudade, de lágrimas, de algo novo. Deixaste de amar? Mudou.Deixaste de ser quem sonhou? Mudou.Deixou de ser quem era? Mudou.
Frenéticamente sentiu falta, hoje não sente mais, pois lágrimas foram enxutas por outras mãos, que não foram as tuas, sem medo de que elas te machuquem, sem medo dos soluços, sem medo.
Não há queda, não há entrelaços de ouro, prata ou bronze. Apenas entrelaços de algo maior que a bagunça, maior que a sua falta, maior que possa imaginar.
Podes estar se confundindo mais e mais. Mas do que importa quando se tem algo em mãos tão precioso, que você nunca soube o quão do valor alheio. Outras mãos que o seguraram do outro lado pra não cair, não são mais as tuas. Como se sente? Mal. Como se sente? Aliviado. Como se sente? Aflito.
Pode ser perigoso andar por trilhas que fazem tempos que não andas mas vais arriscar tudo novamente, nesta linha de trem conhecida e antes vista por outros olhos.
Não tens mais medo de sair da trilha mesmo com pouco caminho andado, pois nela acreditas como sempre acreditou inocentemente se decepcionando com cada novo e velho passageiro, que por essa linha passara.
Lá estavas entrando no vagão, timidamente dando seu olá. De passagem só de ida.
Começo da linha, fim da estação.
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