Sinto que essas janelas de vidro estão se quebrando aos poucos. Quebrando uma a uma. Tudo desmoronando. Não tenho outra saída, e essa mania de sempre querer mais. Acho que do silêncio levei muito mais que palavras, muito mais que esperava. Procuro palavra por palavra, letra por letra e nada se faz presente, é tudo tão ausente. Planos, tragédias. Milhas de distância, milhas de saudade, milhas de quilômetros. Tudo tão novo e tão velho assim como meus poucos de muitos sentimentos que te peço pêsames, por perder tudo que havia construído nessas paredes riscadas.
Rabiscos de uma nova lua e quem sabe até de um novo sol. Vejo aquele caminho sendo marcado por passos e mais passos descritos por sonhos à meio palmo de novos horizontes. O tempo voa, assim como os meus dias que estão contados, quase já a dedos. E nada de eu me ver nesse caminho, será mesmo esse o caminho certo? Sempre haverá, de certo modo, aquele velho meio palmo de incerteza do amanhã, ou depois. Mas quem sabe desse depois desse amanhã?
O amanhã é a última instância da esperança.
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